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Agência Bori lança trainee de jornalismo em saúde e ciência para estudantes e recém-formados

por | jun 29, 2022

As inscrições para o InfoVacina Trainee vão até 15 de julho; iniciativa é apoiada pelo Sabin Vaccine Institute e Instituto Serrapilheira

Aumentar a comunidade de jornalistas que cobrem temas relacionados com vacinas e contribuir com a formação de profissionais que serão responsáveis por disseminar este conteúdo. É com esta premissa que a Agência Bori, uma das organizações associadas à Ajor cuja missão é aproximar a ciência das pessoas por meio do jornalismo, lança em julho a segunda temporada do programa InfoVacina, com apoio do Sabin Vaccine Institute e Instituto Serrapilheira.

O InfoVacina Trainee foi formatado a partir da observação da necessidade de dar apoio a jovens jornalistas em processo de formação ou nos primeiros anos no mercado de trabalho interessados em especializar-se em saúde e ciência. Criado em 2021, por conta da demanda de cobertura qualificada na pandemia, o InfoVacina formou no primeiro ano uma comunidade de 26 jornalistas de todo o Brasil, focados em reportar a Covid-19 e vacinas.  O programa foi reconhecido pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como exemplo de iniciativa inovadora em comunicação. 

Desta vez, 15 jovens jornalistas terão a oportunidade de serem orientados na produção de reportagens por jornalistas experientes da rede InfoVacina da Folha de S. Paulo, Jornal USP, site Vocativo, Marco Zero Conteúdo e Aos Fatos. Podem se inscrever para participar do programa, que vai de agosto a dezembro de 2022, estudantes cursando o último ano do curso de jornalismo e repórteres com até três anos de experiência em jornalismo de todas as regiões do Brasil. As inscrições vão até 15 de julho e a seleção levará em consideração a equidade de distribuição por gênero, raça, universidade e região brasileira.

De acordo com a jornalista Natália Flores, gerente de conteúdo da Agência Bori e uma das coordenadoras da rede InfoVacina, os participantes terão a oportunidade de receber a orientação de cinco mentores e um facilitador, com experiência em cobertura de saúde e ciência. “O objetivo é ensinar o básico da ciência e do jornalismo científico para esse grupo, preenchendo uma lacuna de disciplinas que não são profundamente ensinadas nos currículos de Jornalismo das universidades brasileiras”, explica.

Ao longo deste estágio, os formandos participarão de um projeto de reportagem conduzido pelos mentores de jornalismo do Programa InfoVacina. Cada mentor receberá uma bolsa para orientar a produção de reportagens dos estudantes ou, ainda, recrutá-los para trabalhar em um projeto conjunto de reportagem. Juntamente com o aprendizado prático, os mentorados assistirão a sessões teóricas sobre ciência e jornalismo.

O programa oferecerá também mentoria semanal em pequenos grupos e sessões científicas quinzenais com especialistas em saúde sobre fundamentos científicos. As sessões de ciência, explica Natália Flores, podem funcionar como uma entrevista, para que os jovens jornalistas possam treinar como perguntar e conversar com cientistas. “Também esperamos que essas sessões virtuais ajudem os jornalistas a entender melhor os conceitos e a metodologia da ciência. A proximidade com os jornalistas experientes pode dar segurança e confiança para que eles comecem a reportar sobre jornalismo científico”, completa.

Processo de avaliação

Com a orientação de seus mentores, os participantes vão trabalhar em notícias específicas sobre vacinas e imunização, com foco em outras doenças além da Covid-19. Ao final do programa, todos os orientandos apresentarão uma peça jornalística para concorrer ao Prêmio InfoVacina 2022, que vai conceder até US$300 como reconhecimento.