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Az Mina e Núcleo Jornalismo lançam ferramenta de escuta social para se conectarem com suas comunidades

por | abr 14, 2022

Com o apoio da tecnologia, os veículos querem entender a melhor forma de criar conteúdos e aplicações a partir de insights do público no Twitter

Uma ferramenta de escuta e interação social criada para conectar audiências de veículos jornalísticos. Esta é a proposta do Amplifica, projeto desenvolvido pela Revista AzMina e o Núcleo Jornalismo, associados à Ajor, e que foi selecionado no Desafio da Google News Initiative. 

Esta segunda-feira (11) marcou o início da primeira etapa, denominada Beta. Os veículos disponibilizam ao público um painel no qual é possível explorar as publicações e dados das comunidades de ambos os veículos no Twitter. A fase contou com a participação de aproximadamente 200 leitores e tuiteiros. 

A partir da coleta dos dados dos públicos, é possível identificar quais termos estão sendo mais usados, quais são as hashtags mais populares, os tweets em alta publicados pela audiência e os links compartilhados. O objetivo é aproximar a audiência, criar estratégias de engajamento e indentificar os assuntos importantes para as comunidades de cada veículo. 

“O Amplifica é uma ferramenta que facilita essa troca com quem nos acompanha, enriquece as discussões e nos permite incluir a nossa comunidade no jornalismo que a gente produz”, explicou à Ajor  Jade Drummond, gerente de estratégia do Núcleo Jornalismo.

Qualquer pessoa pode ter seu perfil incluído na ferramenta, basta preencher este formulário. Os dados coletados ficam armazenados em um banco, que é acessado somente pelas equipes d’AzMina e do Núcleo. O consentimento pode ser revogado a qualquer momento.

Núcleo e AzMina já trabalharam em conjunto no desenvolvimento do monitorA, ferramenta que mapeou a violência política de gênero contra candidatas nas eleições de 2020. “Quando surgiu o edital do Google News Initiative,  aproveitamos a sinergia entre as duas organizações e algumas das questões que tínhamos sobre comunidade e engajamento nas redes sociais para escrever o projeto juntos”, explica Verena Paranhos, gerente de comunidade da AzMina.

A escolha do Twitter se deu pois a rede possui uma API aberta que permite a captura de tweets para o desenvolvimento do programa. Além disso, os dois veículos possuem uma atuação expressiva na plataforma. “Em 2021, AzMina praticamente dobrou o número de seguidores no Twitter e também criou na DM do nosso perfil a Penha, uma assistente virtual para ajudar as seguidoras a identificarem relações abusivas. Já 25% do tráfego do Núcleo vem do Twitter”, completa Verena.

Na segunda fase do projeto, a proposta é aperfeiçoar a ferramenta e suas análises, promover  conversas entre os leitores e leitoras, enriquecer o debate e produzir reportagens que representam e façam ainda mais sentido para ambas as comunidades.