O lançamento do relatório completo e do catálogo de veículos produzido pelo Project Oasis, com perfis detalhados de organizações de jornalismo e possibilidade de compará-los, ocorre no próximo dia 30 de julho, às 12h, em Buenos Aires, na Argentina. A iniciativa começou em 2019 na América do Norte e tem o objetivo de criar uma base de dados global sobre o ecossistema de jornalismo digital. Nesta fase do projeto, foram mapeadas mais de 3 mil organizações de 68 países na Europa, América Latina, Estados Unidos e Canadá. Os coordenadores das pesquisas locais apresentarão os destaques de cada região. O evento também será transmitido ao vivo no Youtube da SembraMedia, líder do programa. As inscrições para participar estão neste link.
Com apoio da Google News Initiative, o levantamento no Brasil foi realizado em parceria com a Ajor (Associação de Jornalismo Digital), que se somou a um grupo de organizações aliadas à SembraMedia. Os parceiros incluem, também, LION Publishers (América do Norte) e European Journalism Centre, Media and Journalism Research Center, Global Forum for Media Development e International Media Support (Europa).
Uma análise preliminar dos dados brasileiros foi apresentada durante o Festival 3i 2024, evento de jornalismo promovido pela Ajor, e contou com a participação da diretora do Global Project Oasis, Ana Paula Valacco, e do coordenador do programa no Brasil, Marcelo Fontoura. No dia 30, Marcelo participa do lançamento global em Buenos Aires.
Ao longo de cinco meses de trabalho, nove pesquisadores distribuídos pelas cinco regiões do país reuniram dados sobre receita das organizações, modelo de negócio, gênero dos fundadores e número de funcionários. Ao todo, foram mapeados 164 veículos, sendo 60% associados à Ajor, que serão somados ao conjunto de dados dos outros países.
Uma das descobertas sobre o ecossistema brasileiros, por exemplo, foi que mais de 80% das mídias têm pelo menos uma mulher em sua equipe de fundadores – 18% foram fundadas por homens, 44% por mulheres e 38% por ambos. No entanto, as organizações fundadas por mulheres têm, em média, 20% menos receita do que aquelas fundadas apenas por homens. Já as fundadas por equipes mistas têm receitas ligeiramente mais altas do que as fundadas por homens.
Acompanhe o lançamento do diretório no dia 30 de julho, às 12h