Trabalho de conteúdo investigativo rendeu aos veículos a premiação de melhor reportagem na categoria Web
O anúncio dos vencedores da 63ª edição do Prêmio ARI/Banrisul aconteceu na última terça-feira (14.12). O Matinal e o Nonada, duas associadas à Ajor, conquistaram troféus importantes. Entre eles, o de melhor reportagem web realizada em conjunto com o projeto Dossiê Palcos Públicos de Porto Alegre.
O conteúdo é investigativo e revela que a Prefeitura de Porto Alegre (RS) usou projeto reprovado para licitar obra na Usina do Gasômetro. A Editora do Nonada, Thaís Seganfredo comenta a importância do produto jornalístico para o veículo e à população, “a matéria dá seguimento a um trabalho que o Nonada vem fazendo desde 2010 ao investigar e monitorar as políticas públicas da cultura, uma cobertura de nicho, mas que consideramos muito necessária para a sociedade.”
Além dela, o diretor do Matinal Filipe Speck também traz um ponto importante que o produto revela: “modelos de parceria, como este entre Nonada e Matinal, podem solucionar dois problemas recorrentes em veículos menores: energia para apuração e força na distribuição do conteúdo.”
O segundo lugar da categoria web também foi entregue ao Matinal Jornalismo, com o trabalho “Torturador uruguaio condenado à prisão se refugia em Livramento” de Naiara Hofmeister de Araújo. Além deste do veículo, a reportagem “Carrefour, Big e Zaffari já foram condenados em casos de truculência e racismo”, de Juan Ortiza, recebeu uma menção honrosa.
A premiação contou com 356 trabalhos inscritos que passaram pela avaliação de mais de 60 professores e profissionais de comunicação. As categorias foram Reportagem Impressa, Charge, Crônica, Econômica, Cultural, Esporte, Áudio, Vídeo, Web, Arte e Foto, além de premiações universitárias e acadêmicas.
As duas associadas da Ajor também se destacaram na categoria Cultural. O Matinal ficou em 1º lugar, com a reportagem “Acessibilidade além da rampa: visitantes cegos são desafios para museus”, de Luiza de Menezes Piffero. Já o Nonada recebeu uma menção honrosa, com o trabalho “Arte, diversidade e liberdade de expressão: artistas compartilham relatos de violência no cotidiano”, de Thaís Bueno Seganfredo.
As premiações de jornalismo digital e revelam aspectos importantes da sua pluralidade, como aponta Thaís, “acredito que as conquistas que os dois veículos tiveram mostram que o jornalismo digital vem se consolidando e que é possível trabalhar com modelos de negócios voltados à parceria e à criação de redes. Não há concorrência no jornalismo nativo digital, pois quanto maior o número de veículos, melhor para a democracia.”
O diretor do Matinal Filipe Speck também comenta a importância dos prêmios para plataformas digitais, “o reconhecimento na premiação mais tradicional do Estado mostra que os veículos nativamente digitais se estabeleceram como referência de jornalismo investigativo.”
Confira os/as vencedores/as de todas as categorias clicando no link.