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Pesquisa Internacional revela que maioria dos veículos aumentou receitas em 2021

por | jan 11, 2022

A notícia é boa: uma pesquisa inédita feita pelo  Instituto Reuters com 246 veículos de 52 países revelou que 59% deles aumentaram sua receita em 2022. Apenas 8% dos entrevistados relataram piora no faturamento. Apesar de a publicidade digital ter permitido o aumento dos recursos, as assinaturas ainda são a prioridade para 79% dos editores comerciais. 

Os dados fazem parte da pesquisa “Tendências e previsões de jornalismo, mídia e tecnologia para 2022”, realizada pelo Instituto Reuters, da Universidade de Oxford. Os participantes – todos ocupantes de cargos estratégicos, como CEO, editor executivo, chefe de digital e chefe de inovação – foram convidados pelos autores a responderem a pesquisa. Os resultados refletem a realidade dos veículos selecionados (22% deles do Reino Unido), e não de toda a imprensa mundial.

De acordo com o relatório, o aumento das receitas é uma prova da adaptabilidade da indústria, que acelerou novos fluxos de receitas digitais, como assinaturas, e-commerce e eventos online nos últimos 18 meses, além de começar a receber verbas substanciais de licenciamento das plataformas de tecnologia.  

Para os editores, o principal aspecto foi a mudança de gastos dos consumidores para o ambiente digital durante a pandemia, o que fortaleceu a publicidade. De acordo com o GrupM, responsável por 64% dos gastos na área, a publicidade digital cresceu 30% em 2021, um recorde na série histórica. 

Apesar do crescimento da receita publicitária, o aumento das assinaturas se tornou um fluxo de receita prioritário para os veículos, dando mais confiança aos editores no jornalismo em 2022. De acordo com a pesquisa, 79% das publicações priorizam assinaturas, estando à frente de publicidade gráfica (73%), publicidade nativa (59%), eventos (40%) e financiamento de plataformas (29%). 

A pesquisa afirma que não existe um modelo de negócio único para todos, e executivos de empresas com fins lucrativos citam, em média, três ou quatro fontes de receita diferentes como sendo importantes ou muito importantes.

Para os que apostam em assinaturas, a pesquisa identificou algumas tendências, como a criação de iniciativas de acesso aberto para ampliar a democratização das notícias, estratégias para combater o cansaço das assinaturas por meio de extensões de produto e o agrupamento para manter os assinantes adquiridos durante a pandemia. 

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