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Trabalho remoto e híbrido aumenta eficiência de jornalistas, mas prejudica criatividade, revela pesquisa internacional

por | jan 12, 2022

Pesquisa inédita feita pelo  Instituto Reuters com 246 veículos de 52 países revelou que em 70% das empresas os executivos consideram que  o trabalho remoto e híbrido aumentou a produtividade dos funcionários. Apesar de eficiente, o teletrabalho foi apontado por cerca de 40% dos entrevistados como responsável pela piora na colaboração, comunicação e criatividade dos jornalistas.

Os dados fazem parte da pesquisa “Tendências e previsões de jornalismo, mídia e tecnologia para 2022”, realizada pelo Instituto Reuters, da Universidade de Oxford. Os participantes – todos ocupantes de cargos estratégicos, como CEO, editor executivo, chefe de digital e chefe de inovação – foram convidados pelos autores a responderem a pesquisa. Os resultados refletem a realidade dos veículos selecionados (22% deles do Reino Unido), e não de toda a imprensa mundial.

O relatório apontas que a partir de um provável controle do vírus em 2022, o trabalho híbrido será a norma – com algumas pessoas no escritório e outras trabalhando remotamente. A maioria dos funcionários deverá ir à redação apenas dois a três dias por semana.

Dois aspectos foram relevantes nessa tendência, uma vez que os chefes acreditam que a eficiência (70%) e o bem-estar (61%) melhoraram com a adoção do trabalho remoto.. Apesar disso, o relatório revela algumas preocupações dos líderes. 

De acordo com a pesquisa, nem todas as consequências  do trabalho à distância o foram positivas. Os  editores entrevistados revelaram piora de criatividade (48%), colaboração (45%) e comunicação (42%). Nesses três quesitos, menos de 30% relataram melhora. 

Outro relatório feito pelo Instituto, chamado Changing Newsrooms, descobriu que as organizações de notícias estão avançando com planos para redesenhar os escritórios, atualizar a tecnologia, reduzir o espaço de mesa/escritório e renegociar contratos com os funcionários para acomodar essa mudança. 

Sobre o que esperar esse ano: a pesquisa afirma que terá mais organizações em moldes totalmente virtuais, maior reutilização dos escritórios com a finalidade de realização de eventos abertos ao público e corporativos e maior foco na saúde mental, pois alguns acreditam ter sido uma experiência desafiadora. 

Confira outros desdobramentos do relatório clicando no link