Alma Preta recupera a história da imprensa negra em manual de redação antirracista

Por Ajor ago 10, 2023

Evento de lançamento do livro aconteceu nesta quarta-feira (9) em São Paulo

Organização associada à Ajor (Associação de Jornalismo Digital), a Alma Preta celebrou nesta quarta (9) a publicação de seu primeiro manual de redação antirracista. O evento de lançamento aconteceu na sede do Siemaco (Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação no Estado de São Paulo), na capital paulista.

Fruto de três anos de estudo e trabalho com pesquisadores, jornalistas e estudantes, o livro “Manual de Redação: o jornalismo antirracista a partir da experiência da Alma Preta”  resgata a história de quase dois séculos de imprensa negra no Brasi e é visto como um marco para a agência e uma contribuição para a discussão sobre o jornalismo brasileiro. Ainda não há data para o início da venda do manual.

“A Alma Preta assumiu um compromisso, de muitas mãos, de construir um manual de redação de uma agência de mídia negra. Foi um processo longo de escuta de muitos profissionais, de leitura de muitos cadernos da imprensa negra do século XIX e XX”, aponta Pedro Borges, editor-chefe da Alma Preta e um dos idealizadores do manual.

Elaine Silva (CEO da Alma Preta) e Pedro Borges (Editor-chefe da Alma Preta) durante evento de lançamento do Manual de Redação Antirracista, em São Paulo. Foto: Maia Fortes

A produção do livro contou com o apoio em pesquisa e consultoria da historiadora Ana Flávia Magalhães Pinto, que além de presidir o Arquivo Nacional é professora da UnB; e do jornalista Juarez Xavier, professor e vice-diretor da Faculdade de Artes, Arquitetura e Comunicação (FAAC) da UNESP.

“Eles foram fundamentais para o grupo apresentar para a sociedade um material denso, que permite uma reflexão sobre critérios de noticiabilidade, cuidados para a cobertura e termos adequados a serem utilizados — tudo a partir de uma perspectiva antirracista e libertadora”, afirma Borges em comunicado à imprensa.

A jornalista Fernanda Rosário, que fez parte do grupo que escreveu o manual, aponta que o levantamento histórico feito pelo texto resgata a “negritude pioneira do passado” e informa o atual momento de discussão da área.

“Além dessa consciência histórica que inspira o presente e os caminhos futuros, o manual se torna indispensável ao sistematizar e sugerir estratégias importantes de combate ao racismo no Jornalismo em tempos de hiperinformação”, conclui.

Assista à transmissão do evento de lançamento do livro: 

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