Serão selecionados de seis a oito jornalistas do mundo todo, com subsídios de até 20 mil dólares
O Centro Pulitzer está recebendo propostas para a segunda edição de Bolsas de Monitoramento de Algoritmos (AI Accountability) até o dia 1º de julho de 2023. O programa começa em setembro e tem duração de dez meses. Serão recrutados entre seis e oito jornalistas de qualquer parte do mundo para informar sobre os impactos dos algoritmos e dos sistemas automatizados em suas comunidades.
Governos e empresas têm utilizado a inteligência artificial para a tomada de decisões. Sem um monitoramento crítico e constante, esses sistemas podem prejudicar grupos mais vulneráveis da sociedade, reproduzindo e aprofundando preconceitos raciais, capacitistas e de gênero. “Não se trata apenas de tecnologia, mas também de equidade. Em um momento que a IA suscita euforia e desespero, estamos construindo uma comunidade global de jornalistas dedicados a informar sobre essa temática em rápida evolução”, afirmou em nota Marina Walker Guevara, editora executiva do Centro Pulitzer.
A bolsa disponibilizará até 20 mil dólares para o desenvolvimento do projeto, podendo ser utilizada para pagar documentos, gastos de viagem, análise de dados e demais custos relacionados à execução da proposta. Os bolsistas também terão mentoria de especialistas de diversos campos e treinamentos especializados para ajudar a reforçar a pesquisa.
Em parceria com o Digital Witness Lab da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, o Centro Pulitzer também vai apoiar um projeto sobre a influência do WhatsApp no debate público de uma população. A bolsa conta com o acompanhamento de Surya Mattu, prestigiado jornalista investigativo de dados.
A Rede de Monitoramento de Algoritmos foi lançada em 2022 e, em seu primeiro ano, apoiou dez bolsistas, em dez diferentes países.Os jornalistas contemplados trabalharam em temas voltados para equidade e direitos humanos, como impacto da IA na economia informal, sistemas de bem-estar social, vigilância policial, migração e controle de fronteira.
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Foto: Luca Bravo/Unsplash
