Sete bancos de fontes gratuitos para jornalistas

Por Tainah Ramos fev 16, 2024

Conheça bases de dados para encontrar especialistas e lideranças da sociedade civil

Uma das principais ferramentas de apoio ao trabalho de jornalistas, um banco de fontes reúne nomes e contatos de pesquisadores, especialistas, lideranças e organizações para assegurar que as reportagens ofereçam as informações mais relevantes aos leitores.

Diferentes organizações se dedicam a criar estas bases de dados com recortes específicos como gênero, raça, temática ou regiões com o objetivo de ampliar a diversidade dos entrevistados e descentralizar narrativas.

A Ajor separou sete bancos de fontes de várias áreas do conhecimento que todo jornalista deve conhecer.

Rede Cajueira 

Organização associada à Ajor, a Cajueira lançou o primeiro banco de fontes e de jornalistas nordestinos em novembro de 2023. A ferramenta reúne contatos de mais de dois mil especialistas da região, que poderão ser consultados por estado e por área de interesse. A iniciativa foi construída com indicações de universidades públicas nordestinas e é colaborativa – ou seja, as pessoas podem indicar novos nomes. É possível acessá-lo no site da Rede Cajueira, sem necessidade de cadastro. A pesquisa pode ser filtrada por estado e eixo temático.

Entreviste um negro

Criado pela jornalista Helaine Martins, o Entreviste um Negro é um banco de dados que conecta profissionais negros a comunicadores. Atualmente conta com mais de 50 contatos de diversas cidades, separados por expertise e com indicação também da identidade de gênero. Para acessar, basta preencher o formulário. O link da planilha é disponibilizado após o envio das respostas. O banco é uma das indicações do episódio sobre raça do “Como cobrir”, podcast da Ajor.

Amazônia Vox

Para traduzir a realidade da Amazônia por quem vive e atua na região à cobertura jornalística nacional e internacional, o Amazônia Vox reúne nomes de especialistas e referências em variados segmentos, incluindo agentes públicos, líderes comunitários, movimentos sociais, pesquisadores, povos tradicionais, setor produtivo e cultural. Na plataforma, é possível buscar uma fonte por nome, cidade ou área, além de ser possível filtrar pelo tipo de conhecimento.

Agência Bori

Organização associada a Ajor, a Agência Bori apoia a cobertura da imprensa a partir de produções científicas. Além de trazer pesquisas inéditas explicadas de diversas áreas acompanhadas do contato do porta-voz, a Bori disponibiliza bancos de fontes de cientistas de várias instituições do país e áreas de especialidade. São mais de 500 pesquisadores de diversas universidades que podem falar à imprensa sobre temas como saúde, Amazônia e sistemas alimentares. A ferramenta foi indicada também no “Como cobrir” nos episódios sobre Amazônia e vacinas. Para ter acesso, é necessário se cadastrar gratuitamente no site.

Global South Climate Database

Plataforma desenvolvida pelo site britânico Carbon Brief, em parceria com o Instituto Reuters e a Universidade de Oxford, o Global South Climate Database é um banco de dados aberto ao público que reúne cientistas e especialistas do Sul Global nas áreas de ciência climática, política e energia. Na ferramenta, é possível encontrar o contato de mais de 400 pesquisadores de 80 países diferentes da América Latina, Caribe, África, Ásia e do Pacífico. Há mais de 50 idiomas representados, mas todos os nomes listados falam inglês. Também é possível filtrar a pesquisa por experiência, nacionalidade, idioma, instituição e pronomes.

Jeduca

A Associação de Jornalistas de Educação (Jeduca) possui um banco de fontes com o objetivo de facilitar o acesso a especialistas que possam contribuir com jornalistas na cobertura de temas educacionais. A base é colaborativa e possui dois filtros – por categoria, entre organizações da sociedade civil, entidades sindicais e pesquisadores, e por tema, passando por assuntos como avaliações, alfabetização, diversidade, violência e financiamento. A ferramenta está disponível no site da entidade e é exclusiva para associados. A associação, no entanto, é gratuita e pode ser feita por qualquer profissional de comunicação.

Criança é Prioridade

Dentro do projeto sobre “Criança é Prioridade”, a ANDI (Agência de Notícias dos Direitos da Infância) e a RNPI (Rede Nacional Primeira Infância) desenvolveram um banco de fontes com o contato de 117 especialistas em infância e adolescência no Brasil e informações de 140 instituições que atuam nesse campo. A publicação é dividida em 15 temas, como saúde, educação infantil, assistência social, direito de brincar e enfrentamento à violência. Disponível no site da ANDI, é possível baixar o material gratuitamente.

Foto: CoWomen/Unsplash.

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