Ajor levou ao Congresso da Abraji associadas de diversas regiões para debater o papel de organizações de mídia que se dedicam a este tipo de cobertura
Com a missão de fortalecer cada vez mais o jornalismo local e o combate aos desertos de notícias, a Ajor (Associação de Jornalismo Digital) levou a palestra “Estratégias e impacto do jornalismo local e hiperlocal brasileiro” para o 18º Congresso de Jornalismo Investigativo da Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) na última quinta-feira (29).
O encontro reforçou a diversidade regional da Ajor e foi composto por membros de organizações associadas: Denys Grellmann, do 100fronteiras, Flávia Saad, do Juicy Santos, e Karina Costa, do Conquista Repórter, com a mediação de Dani Moura, do Maré de Notícias.
Presente em Foz do Iguaçu (PR), na Tríplice Fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai, a revista 100fronteiras começou a circular há 18 anos com o objetivo de integrar a comunidade dos três países, além de fortalecer a economia local. O publisher Denys Grellmann contou como a pandemia acelerou a transformação digital do veículo, que passou a publicar diariamente no site e diversificou sua fonte de receitas: “Se antes a revista impressa era a produção como um todo, nos últimos anos, foram desenvolvidos produtos, o site, a revista, eventos, vídeos e branded content”.
Integração e pertencimento entre a comunidade está também no DNA do Juicy Santos, baseado na cidade de Santos, no litoral de São Paulo, como explicou uma das fundadoras Flávia Saad. O projeto foi pensado para tornar a própria cidade mais visível e interessante para os moradores e atuar como um catalisador para as novas gerações de que é possível desenvolver a vida pessoal e profissional sem ir à capital, além de fortalecer a identidade local.
O Juicy Santos trabalha com nichos de publicação, como os pequenos negócios locais, suas histórias e as pessoas por trás, a agenda cultural e de eventos, gastronomia e abordagem de economia criativa. O financiamento da iniciativa se dá por seu conteúdo original, conteúdo feito para terceiros, uma linha de varejo com venda de artigos como camisetas e também por meio de projetos especiais.
Já Karina Costa, do Conquista Repórter, veículo de Vitória da Conquista (BA), compartilhou que o nascimento do projeto se deu no meio da pandemia, em maio de 2021, com lives para debater o jornalismo local na região. No mês seguinte, veio a primeira grande reportagem com enorme impacto social, ao denunciar o funcionamento irregular de escolas privadas durante a crise sanitária. Desde então, vieram novos produtos como o “Encontre O Conselho”, seu primeiro especial multimídia, que reúne e organiza as informações para facilitar o acesso da população aos conselhos municipais de políticas públicas.
Enquanto o 100fronteiras e o Juicy Santos atuam voltados ao jornalismo de soluções, o Conquista Repórter se debruça em uma vertente investigativa – um exemplo é produção do podcast “Fatos & Vozes”, que narra a luta indígena no município. “Acreditamos no jornalismo e na potência dele”, afirmou Karina. Sua receita vem do financiamento por meio de grants e bolsas, do público leitor e da prestação de serviços de comunicação.
Com um papel de conectar a comunidade, a economia, a cultura e o acesso ao debate público, Flávia Saad sintetizou o trabalho feito pelos três veículos. “O jornalismo local estimula a participação democrática.”
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