Agência Bori e O Joio e O Trigo promovem coletiva de imprensa sobre a venda de ultraprocessados em escolas

Por Ajor jul 27, 2023

O encontro é online e exclusivo para jornalistas cadastrados na Bori

Em vigor em Niterói e sancionada em julho, no Rio de Janeiro, as leis que proíbem a venda e oferta de bebidas e alimentos ultraprocessados em escolas públicas e particulares das cidades se tornaram assunto nos últimos meses – e podem ajudar a pautar o debate sobre o tema em outros municípios brasileiros. Pensando nisso, a Agência Bori e O Joio e O Trigo promovem, no dia 4 de agosto, um encontro online exclusivo para jornalistas para debater o tema com especialistas. 

Jornalistas cadastrados na Bori podem se inscrever para a Coletiva Bori & O Joio e O Trigo até o dia 2 de agosto, neste formulário.

O encontro recebe Ana Paula Bortoletto Martins, do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde (NUPENS), da USP, e Raphael Barreto, do Instituto Desiderata, para conversar com jornalistas. Eles irão traçar um panorama sobre o debate de ultraprocessados em escolas e esclarecer dúvidas dos participantes sobre os principais pontos de aplicação da lei. 

Nesta edição, O Joio e O Trigo foi convidado para ser parceiro na organização da coletiva justamente por sua atuação na cobertura jornalística e no debate sobre sistemas alimentares. Assim como a Bori, o Joio tem apoio do Instituto Ibirapitanga.

Para a cofundadora da Bori, Sabine Righetti, “o tema da alimentação nas escolas tem uma cobertura jornalística difícil porque é bola dividida no jornalismo”. Ela enfatiza, no entanto, que ele pode ser um assunto de múltiplas editorias, como a de saúde, de educação ou até de política. “Nosso papel na Bori é apoiar com evidências científicas o jornalista que estiver nesta pauta, independentemente do perfil do veículo ou da editoria”, finaliza.

O jornalista e cofundador de O Joio e O Trigo, João Peres, vê avanços, tanto na ciência quanto na cobertura jornalística sobre ultraprocessados. “Os últimos anos marcaram um avanço qualitativo enorme da ciência em comprovar que os ultraprocessados são um grande problema de saúde, o que começa a se refletir em políticas públicas mais alinhadas às diretrizes do Ministério da Saúde de que devemos evitar esses produtos. A produção jornalística brasileira também avançou de forma considerável, e pode ser ainda melhor e maior para dar conta do tamanho dessa questão.”

Para Ana Paula Bortoletto Martins, a regulação do acesso aos ultraprocessados em escolas é fundamental para proteger a alimentação saudável, porque o ambiente escolar é o lugar para onde essas crianças passam a maior parte do tempo, tendo um papel fundamental na construção de hábitos saudáveis. Pesquisa da Fiocruz e da UFRJ mostrou que alimentos ultraprocessados estão 126% mais disponíveis em cantinas escolares de escolas do Rio de Janeiro do que alimentos saudáveis. 

Foto: Vinicius “amnx” Amano/Unsplash.

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