Diretório foi base para o desenvolvimento do GOLPEFLIX, catálogo digital que usa publicações nas plataformas digitais para contar a história da tentativa de golpe de Estado de 8 de janeiro
Associada à Ajor (Associação de Jornalismo Digital), o Aos Fatos vai disponibilizar a base de dados que deu origem ao GOLPEFLIX, catálogo digital que usa publicações de redes sociais para contar a história da tentativa de golpe de Estado de 8 de janeiro deste ano.
O objetivo da iniciativa é facilitar o desenvolvimento de pesquisas e reportagens que possam avançar na compreensão do papel que as redes tiveram nos ataques em Brasília. Pesquisadores e jornalistas interessados podem se cadastrar neste formulário.
O acervo contém mais de 1 milhão de textos e mídias anonimizados coletados pelo monitor de desinformação Radar Aos Fatos entre 2022 e 2023 em sites de extrema-direita e em redes sociais. O projeto foi um dos selecionados para receber o DocumentCloud Gateway Grant, concedido pela fundação MuckRock, dos Estados Unidos.
“A tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro tornou urgente que a academia e a imprensa tenham meios de investigar o que se passa nas redes sociais. No entanto, as empresas de tecnologia têm ido na direção oposta e restringido cada vez mais o acesso a ferramentas de transparência. O Golpeflix busca contribuir para que mais pessoas possam avançar na compreensão de qual foi o papel das plataformas no 8 de janeiro e na propagação de discurso antidemocrático”, afirmou à Ajor Bruno Fávero, diretor de inovação do Aos Fatos.
Em fevereiro deste ano, o X, antigo Twitter, anunciou que cobraria até US$ 42 mil pelo acesso à sua API (sigla em inglês para “interface para programação de aplicações”), que antes era usada gratuitamente para coletar publicações da plataforma. Já a Meta parou de aceitar novos usuários no CrowdTangle, ferramenta de análise de redes sociais usada por pesquisadores.
Foto: Joedson Alves/Agencia Brasil.
