Instituto Tornavoz renova programa de defesa jurídica para mulheres jornalistas

Por Ajor set 22, 2023

A iniciativa, que conta com financiamento da Unesco e gestão financeira da Sitawi, vai atender ao menos três casos de maneira pro bono 

As mulheres são as principais vítimas dos ataques virtuais contra jornalistas, que ocorrem por meio de ameaças e campanhas de intimidação, difamação e pela publicação de informações pessoais. Segundo pesquisa desenvolvida pela Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo), em 2020, 56,76% desses ataques foram direcionados a elas.

Visando garantir uma defesa de qualidade às jornalistas e ajudar a estabelecer um ambiente mais seguro para o trabalho da imprensa, o Instituto Tornavoz e a Sitawi Finanças do Bem renovaram o projeto “Tornavoz – Defendendo vozes femininas”. A iniciativa conta com financiamento da Unesco, por meio do Global Media Defense Fund (Fundo Global de Defesa da Mídia, em tradução livre) e com a gestão financeira da Sitawi.

No primeiro ano do projeto, quatro mulheres tiveram sua defesa judicial apoiada financeira e tecnicamente pelo Tornavoz. Um dos casos já obteve desfecho positivo definitivo.

Renovado, o projeto atenderá ao menos três casos de mulheres jornalistas, veículos liderados por mulheres ou que tenham atuação temática relacionada ao gênero, que estejam sendo processadas judicialmente pelo exercício de suas atividades e que não tenham condição econômica para contratação de advogadas(os). O projeto arcará com honorários advocatícios e a equipe do Tornavoz poderá colaborar com a definição da estratégia de defesa. A solicitação de apoio pode ser feita pelo formulário disponível aqui.

“Estamos muito felizes com a renovação dessa parceria e desse projeto tão importante. O assédio judicial, e todas as outras tentativas de silenciamento da imprensa, são temas que precisam ser debatidos e combatidos. E, nesse cenário, assim como na sociedade, as desigualdades de gênero mobilizam estruturas para que as mulheres estejam no alvo dessas violências. Queremos fortalecê-las e contribuir para que desempenhem sua profissão com segurança e liberdade”, aponta Charlene Nagae, diretora-executiva do Instituto Tornavoz.

outras notícias

veja também