Iniciativa se propõe a garantir a diversidade do debate democrático e colaborativo da organização
Com o propósito de ampliar o debate e a participação da comunidade leitora, o Manual do Usuário, organização associada à Ajor, criou o Comitê de Supervisão, em que três assinantes eleitos pelos demais analisam as decisões tomadas pela organização na moderação dos comentários.
O fundador Rodrigo Ghedin conta que a iniciativa inovadora em termos de transparência e relacionamento com o público surgiu após ele ter sido questionado sobre a exclusão de alguns comentários. Um dos tópicos levantados pelo colegiado, por exemplo, é que sejam enviados emails que justifiquem o motivo de uma opinião ter sido excluída.
O Comitê produz relatórios a cada dois meses para avaliar as decisões de moderação e as regras de convivência do site, com um mandato voluntário válido por um ano. O primeiro parecer do grupo analisou as decisões tomadas entre abril e maio e foi divulgado no último dia 21 de junho.
Ao lado de Emanuel Henn e Cíntia Reinaux, Michele Strohschein é uma das leitoras eleitas para supervisão. Ela afirma que a ideia corrobora o perfil democrático e colaborativo do Manual do Usuário. Nas próprias publicações, há espaço para conversas, um canal no Telegram e o Órbita – fórum de debates aberto nos quais os leitores podem participar de modo mais ativo.
As últimas análises do Comitê levaram em consideração as regras de convivência já estabelecidas e lembraram que é necessário que o site as reforce ao tomar decisões de exclusão de comentários. Strohschein aponta como fundamental a justificativa com base nessas normas para que a transparência seja mantida, além da construção de um ambiente cada vez mais saudável dentro da comunidade.
“A iniciativa deixa ainda mais claro o propósito do Manual e mostra porque eu me sinto tão parte. Estamos em um espaço que a gente se sinta bem, com direito a opiniões diversas. Quanto mais conversamos, escutamos e falamos, mais melhoramos como pessoas e profissionais”, afirma Strohschein.
